Saiu na Coluna do Mazzini, para a @RevistaIstoE: depois de forçar a saída de servidores veteranos em um plano de demissão voluntária muito questionado e demitir tantos outros, os donos da ex-estatal agora miram o único seguro patrimonial da turma da Eletrobras, de Furnas e da Eletronuclear.
É o Real Grandeza, fundo bilionário de pensão dos funcionários que conta com uma fortuna estimada em R$ 20 bilhões, sejam em contas e bens, sejam em investimentos.
O presidente do Conselho de Administração da Fundação Real Grandeza, Rodrigo Soria, propôs uma reforma que transfere quase todo o poder da instituição para o comando privado da Eletrobras.
Pela proposta de Soria – indicado da Eletrobras – e Ricardo Carneiro Gurgel Nogueira, membro integrante do conselho deliberativo do fundo, oito dos 10 participantes do Comitê de Investimentos da Real Grandeza (Cirg) deveriam sair da instituição. Assim, o colegiado passaria a ter seis membros: Soria, Nogueira e mais quatro egressos do mercado.
Em documento distribuído na segunda-feira, 2, aos milhares de beneficiados do fundo, o Fórum Permanente dos Participantes e Assistidos da Fundação Real Grandeza alertou para o que considera uma manobra para tomarem o dinheiro.
“A tal nova estrutura proposta para o Comitê de Investimentos cria um formato enviesado, viciado e alarmante para o futuro”, afirmou a entidade.
Em nota à coluna, a Eletrobras disse que é “uma das patrocinadoras dos planos de previdência administrados pela Fundação Real Grandeza” e que “a empresa atua de acordo com as regras estabelecidas no estatuto da entidade, além das leis e normas que regulam o setor de previdência complementar”.
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