Após apresentar proposta para reduzir em 12,5% os salários dos funcionários e promover cortes em seus benefícios conquistados ao longo dos anos, a Eletrobras privatizada aprovou, em sua assembleia de acionistas, o pagamento de R$ 83 milhões para sua cúpula executiva. Não só bastasse a hipocrisia, a mega-afronta veio junto.
Para Pedro Damásio, presidente da Federação Nacional do Urbanitários (FNU), esse “generoso e absurdo” dividendo destinado a não mais que oito diretores da empresa “representa uma afronta aos trabalhadores”. Além de inadmissível, segundo o sindicalista, a medida soa como uma baita provocação aos funcionários.
Já a vice-presidente da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), Fabíola Antezana, afirma que a medida não representa surpresa, afinal, “basta lembrar que no último ano o aumento da alta cúpula da empresa chegou a 37% dos seus vencimentos, enquanto nas negociações salariais as propostas para o conjunto dos funcionários são de corte de direitos e salários”.
Em fase de negociação salarial com a direção da empresa, Damásio frisa que “não está descartada a possibilidade de greve da categoria, diante dessa realidade de corte de salários para a grande maioria dos funcionários, enquanto uma pequena minoria é favorecida”.
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