Na última semana de maio, durante assembleia, os trabalhadores da Eletrobras aprovaram estado de greve contra a proposta apresentada pela empresa, que prevê redução salarial em “negociações individuais”, congelamento de reajuste para quem recebe acima de R$ 6 mil e “liberdade de gestão” – com demissões sem justa causa, por exemplo.
“O posicionamento firme, sem meias palavras, tem motivo: há cinco rodadas de negociações, a empresa insiste na redução salarial dos funcionários que ganham menos, apesar de ter registrado lucro de R$ 4,4 bilhões e distribuído R$ 1,3 bilhão em dividendos para acionistas e R$ 83 milhões aos seus administradores. O que antes era uma empresa estatal, responsável por garantir a geração e transmissão de energia para todos os lares do país, hoje é ferramenta do mercado para gerar fortunas para poucos. E os funcionários não estão nesse grupo seleto”, frisa o Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), por meio de nota.
“Não vendemos nossa alma nem nossa dignidade por uma proposta que quer um cheque em branco dos sindicatos, para reduzir salários, congelar benefícios e demitir a grande maioria dos trabalhadores. Aqui não tem covardes”, afirma a entidade.
“Se não há consenso, restam a coragem e a lei. [Uma vez estando a] assembleia permanente instalada, os trabalhadores agora aguardam retorno da empresa sobre as reivindicações apresentadas pelo @ColetivoDosEletricitarios. Mobilizados, os trabalhadores e trabalhadoras seguem na luta por dignidade”, finaliza.
Conforme a entidade, as negociações devem ocorrer até 7 de junho, esta sexta-feira.
Com informações do @Hora_do_Povo
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