A Eletrobras contratou a consultoria BCG para definir o enxugamento de cargos pós-privatização. Porém, às vésperas da implantação desse plano, descobriu-se o cometimento de um “vacilo”: a empresa apenas poderia prosseguir caso tivesse aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O plano definia sinergias entre as quatro subsidiárias da Eletrobras (Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul), fazendo com que um mesmo funcionário de uma dessas filiais desempenhasse funções para todo o grupo, o que levaria, dessa forma, ao enxugamento do quadro de pessoal.
Com essa reorganização interna haveria um maior estímulo ao PDV, o Plano de Demissão Voluntária, o qual pretende cortar até 4 mil eletricitários.
Esse “virar a chave” provocado pela nova diretoria desde o início da privatização da Eletrobras se refere, na realidade, ao coração do negócio: a operação e a engenharia de geração, transmissão e transformação de energia. Isso sem falar da oportunidade de negócio$ para os ditos-cujos.
A questão é que, legalmente, o plano é considerado impraticável, especialmente após o apagão que envolveu uma dessas subsidiárias da Eletrobras. Assim os técnicos da Aneel querem – e devem – olhar atentamente se o enxugamento não traz riscos ao sistema elétrico.
Tratando-se da Eletrobras privatizada, provavelmente trará.
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