Os apagões têm sido mais frequentes no país, e isso desperta discussões sobre o futuro do sistema elétrico nacional, principalmente com as diversas privatizações de empresas geradoras e com várias concessionárias privadas administrando esses negócios – que deveriam ser públicos.
Reportagem do @BrasilDeFato pontuou que a reversão de privatizações no setor elétrico é mais comum mundo afora, puxada principalmente pela área da distribuição, que é o ramo da Enel, por exemplo, empresa italiana concessionária do serviço na cidade de São Paulo. Ao todo, já foram realizadas mais de 392 reestatizações no segmento. Dessas, 168 – quase a metade – ocorreram na área de distribuição.
Os números são da Transnational Institute (TNI), organização holandesa que compila a reversão de privatizações realizadas no mundo desde 2000. De lá para cá, a TNI já catalogou 1.718 casos de reestatização; desse total, 22,8% ocorreram no setor de energia. Na sequência vem o de água, com 379 casos ou 22% do total.
Só na Alemanha, por exemplo, a TNI registrou 284 reestatizações do setor de energia. Já no Brasil a única experiência de uma (pseudo) reestatização foi com a Light, concessionária de energia do Rio de Janeiro: o contrato foi rescindido, mas assinado novamente com a mesma empresa.
As privatizações mundo afora foram revertidas para a redução do custo do serviço, o aumento de sua qualidade ou a busca de melhorias em políticas públicas. Houve casos que ocorreram por meio do rompimento de contrato ou em que a empresa responsável foi à falência.
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